Vida...

Há certos momentos em que nada parece dar certo ou, mesmo que dê certo, ficamos insatisfeitos.

É uma tristeza sem motivo, um desânimo, um suspiro, e nada parece mudar. Estamos cercados de pessoas, algumas alegres, outras nem tanto, e mesmo assim estamos sós.

Um chá para acalmar e confortar, chocolate meio amargo, um velho amigo, nada parece funcionar.

Eis que surge, correndo por aí, um ser pequeno, no auge de seus dois anos, querendo brincar. E a terapia fora descoberta! Passar um tempo com pessoas em miniatura, cujo coração ainda não endureceu com os espinhos da vida e com o cérebro fresquinho, ansiando por mais conhecimento e experiências, não há nada melhor. Problemas, que problemas? O maior deles é que não encontramos a panelinha de brinquedo para fazermos macarronada! Ou a bonequinha deixou cair a comida na roupa!

Quanta felicidade em coisas tão simples. E assim podemos mergulhar na fantasia da criança, cuja mente ainda não fora controlada, e que ainda voa leve e solta, através dos pensamentos mais livres, que um dia tivemos.

A risada gostosa de quem está se divertindo, a empolgação de mostrar todos os brinquedos, a felicidade em utilizar-se daquele espaço para criar um mundo totalmente novo a seu gosto.

O tempo pode ser curto, mas o aproveitamento é de 100%. Um carpe diem evidente, que há muito tempo fora esquecido pelos que já são "gente grande", é sua realidade. As coisas simples são as mais importantes para esses pequenos. Eles se divertem com qualquer novidade, e se divertem com coisas que já conhecem. Vêem beleza em tudo que é novo e diferente, ao contrário daqueles cuja mente já não pensa por si só, e o preconceito e os julgamentos precipitados dominam.

Encontrei a fonte da juventude, o elixir da vida. Redescobri a preciosidade do que um dia já fui:

CRIANÇA...